O caminho das pedras ou uma estratégia para não se perder (2020)
Duas mulheres/amigas/artistas aparecem em cena. Elas usam roupas semelhantes e estão separadas por uma distância segura e respeitando os protocolos sanitários, devido ao contexto pandêmico. Sentadas à mesa, de frente uma para a outra, têm em mãos apenas uma caneta esferográfica cada. Há, entre elas, uma pilha de pedras brancas de jardim. Elas se entreolham e, em seguida, começam o jogo: cada uma pega uma pedra e escreve uma palavra por vez, de modo a formarem a mesma frase repetidamente:
“Se sobrevivemos, é porque dá.” (Polaroides, de Adelaide Ivánova)
O sentimento abstrato, contido na mensagem, torna-se concreto a partir do momento que é impresso em uma rocha. As palavras-pedras são depositadas de modo a formarem um círculo, no qual não se sabe de antemão com quais palavras terminará.
Este primeiro experimento foi registrado em vídeo e em fotografia.
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Ficha técnica:
Artistas: Marília Camelo e Mariana Maia
Fotografia: Marília Camelo
Texto: Adelaide Ivánova - Polaroides e negativos de outras imagens (Editora Macondo, 2019)